Gladys Aylward nasceu em 1902, em Londres, Inglaterra. Filha de operários, pobre e sem muita instrução, ela começou a trabalhar aos 14 anos como empregada doméstica.
Aos 26 anos, Gladys sentiu que DEUS a chamava para uma missão incomum: pregar o evangelho na China. Matriculou-se, então, na Missão para o Interior da China, uma instituição de preparo de missionários, porém, após três meses de treinamento, não foi aprovada nos exames.
Mas Gladys estava determinada em seguir o chamado de Deus em sua vida. Estudou com afinco e sozinha todos os livros da Bíblia e a história da China. Poupou dinheiro e pediu a Deus orientação. Pregava nas praças públicas de Londres, pois sabia que precisava fazer em seu país o mesmo que gostaria de realizar na China.
Em 15 de outubro de 1932, aos 30 anos de idade, Gladys partiu para Yangcheng, China, onde trabalharia como ajudante de uma missionária viúva de 73 anos, Jeannie Lawson. Na bagagem levou poucas roupas, alguns utensílios domésticos, a Bíblia, uma caneta e uma quantia pequena de dinheiro.
Junto com a sra. Lawson, Gladys fundou uma pousada para receber vendedores itinerantes. À noite, elas contavam histórias bíblicas aos hóspedes. Oito meses depois, a Sra. Lawson morreu e Gladys ficou sem sustento nem direção. Foi quando um alto funcionário do governo chinês lhe ofereceu um trabalho: ser inspetora de pés.
A China pré-comunista tinha o costume de enfaixar os pés das meninas para evitar que eles crescessem muito, era uma vaidade cultivada pelo povo. Porém essa intervenção causava dores e deformações nos pés, e o governo chinês oficialmente proibiu a prática. O trabalho de Gladys, então, era inspecionar pés de meninas para garantir que a proibição fosse respeitada.
Onde quer que ela fosse, ela não apenas examinava os pés, mas também compartilhava sua fé no Senhor Jesus e sobre a salvação que Ele oferecia a todos os que com Ele se comprometessem. Apenas dois anos antes ela era empregada em uma mansão inglesa. Ao longo dos anos, pequenos grupos de crentes em cada uma dessas aldeias começaram a se reunir para adorar ao Senhor Jesus Cristo - fruto de seu ministério.
E foi durante este tempo que um motim em uma prisão ocorreu. Observando a condição miserável dos prisioneiros, a causa básica do tumulto, ela insistiu que o diretor permitisse que os homens trabalhassem para fornecer roupas melhores para eles mesmos. Ela conseguiu dois teares para fazer roupas e vender, além de um moinho para moer grãos. Ela incentivou a higiene e visitou muitas vezes para falar de Jesus e encorajá-los. Um homem que foi tocado pelo trabalho dela foi um líder chamado Feng.
Um dia, ela viu uma pobre mulher sentada ao lado de uma parede com uma criança pequena e muito suja. - É sua filha? - perguntou Gladys a ela. "Parece muito doente." "O que é isso para você?", A mulher respondeu com hostilidade. “Você quer comprá-la ou não?” Chocada com a ideia de vender um ser humano, Gladys perguntou o preço. Tudo o que ela tinha era nove pence. A mulher concordou, provavelmente certa de que a criança morreria de qualquer maneira. Embora Gladys lhe desse o nome oficial de Mei-en ("Bela Graça"), ela sempre chamava-a de Ninepence. Esta foi a primeira criança que ela adotou. Logo ela teve mais, muitos mais, especialmente quando o país entrou em guerra.
Em 1943, Gladys Aylward foi reconhecida oficialmente como missionária. Em 1957 ela confessou a uma amiga: “Eu nunca fui a primeira opção de Deus para o que fiz pela China. Havia outra pessoa. Não sei quem. Deve ter sido um homem maravilhoso e educado. Não sei o que aconteceu. Talvez ele tivesse morrido, talvez não se mostrasse disposto. Deus olhou para baixo e viu Gladys Aylward".
Sua trajetória incomum inspirou livros e o filme "A morada da sexta felicidade", com a atriz Ingrid Bergman no papel principal.
Fonte: Ultimato e Urbana.org.
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