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Por Karen Clark

A internet congrega, ao mesmo tempo, um número ilimitado de oportunidades e perigos. A exposição de trabalhos missionários deve ter critérios norteadores que propiciem uma publicidade segura, tanto para a igreja/agência missionária como instituição, para seu corpo de líderes/missionários e também para os públicos que visa alcançar. De início, sugerem-se as precauções iniciais listadas a seguir.

PRECAUÇÕES

[1] Não deve haver exposição de atividades em regiões com algum nível de perseguição religiosa
Nessa hipótese, sites/blogs e mídias sociais são inadequados, e então deve-se confiar no SENHOR que os contatos discretos pessoais serão plenamente suficientes para a divugação da Obra dEle.

[2] O líder principal ou conselho diretor da igreja/agência missionária deve montar uma equipe de comunicação virtual (ECV) que deverá ser conhecida por todos
Essa equipe, em conjunto com a liderança da igreja/agência missionária, vão estabelecer os canais que serão utilizados (sites/blogs e redes sociais), o responsável por cada canal, a hierarquia de decisão e a periodicidade das postagens.
IMPORTANTE: deve-se estabelecer que será o responsável principal que avaliará os materiais antes da divulgação, a fim de se evitar divulgações inadequadas.

[3] A divulgação dos trabalhos deve ter uma intensidade equilibrada
As redes sociais, por exemplo, foram desenhadas com a finalidade de viciar seus usuários (vide matéria) a fim de divulgarem produtos. Dessa forma, é muito fácil que aqueles que postam as notícias, bem como os públicos das mídias, facilmente fiquem conectados por um tempo além do razoável. Por isso, as divulgações devem ser realizadas em um ou dois dias por semana, pois isso facilita o planejamento da ECV e de quem visualiza as notícias. Quanto ao site/blog, por não ter um potencial viciante, esse pode ser alimentado tão logo haja uma notícia a ser veiculada ou atualizada.

[4] Temas sensíveis ou polêmicos não devem ser publicados
Os programas que a igreja planeja, bem como os títulos das mensagens de púlpito, devem ter o propósito de não chocar aqueles que ainda não foram tocados pela Palavra de Deus. Zc. 4:6 e Cl. 4:6 respaldam princípios que a ECV deve observar na escolha das imagens e das palavras a serem divulgadas.

[5] Buscar utilizar imagens de autoria dos membros da igreja ou agência missionária
A base principal das divulgações nas redes sociais é imagem, e as postagens do site/blog devem ter uma ilustração. Portanto, é interessante que a igreja/agência missionária crie um banco de imagens no qual os irmãos possam incluir fotos e figuras desenhadas originais, pois a ECV poderá fazer uso das mesmas. Assim, trabalha-se em uma perspectiva de segurança em relação aos direitos autorais das imagens.

[6] No caso das redes sociais, se uma postagem provocou dissensão, com comentários agressivos entre si e sobre a matéria, convém apagá-la
Uma das realidades mais tristes da atualidade são as brigas virtuais. Em incidentes dessa natureza, o devido responsável da ECV deve apagar o registro da beligerância. Se o Reino de Cristo for exposto ao mundo como mais um lugar de contenda, a rede social trará prejuízos para o trabalho da igreja ou agência missionária.

[7] As redes sociais da igreja/agência missionária deve resumir suas postagens para assuntos intrinsicamente relacionados aos seus programas
Pastores e líderes de ministérios, quando escreverem nos canais da igreja/agência missionária, devem ter muita cautela para que os conteúdos sejam coerentes com a visão e doutrina chancelados pela instituição. Mais uma vez, a ECV deve ter uma liderança hierárquica de aprovação bem definida, para que se evitem postagens que sejam dissonantes ou até prejudiquem a imagem da instituição.

[8] Reuniões restritas de líderes não devem ser avisadas nos canais públicos da igreja/agência missionária
Os avisos das reuniões das lideranças (conselho principal, conselho de patrimônio, diretores de departamentos etc.) devem ser dirigidos para os devidos interessados, além, é claro, de avisadas dentro do contexto presencial da igreja/agência missionária.
CUIDADOS NAS DIVULGAÇÕES VOLTADAS PARA MENORES DE IDADE, OU DE MINISTÉRIOS RELACIONADOS A ESSE PÚBLICO

► Banners de veiculação pública que visam divulgar programas voltados para menores de idade (crianças e/ou adolescentes) NÃO DEVEM TER ENDEREÇOS, a não ser que sejam na própria igreja, observando-se a precaução nº 1 ao lado. Deve-se incluir dados genéricos como e-mail/telefone para contato, também requerendo algum documento inicial dos inscritos, passível de verificação junto às autoridades. Essa medida é vital como seleção de inscritos visando a segurança dos menores que participarão dos eventos.

► Fotos contendo menores de idade devem proteger o anonimato deles, ou seja, imagens do ministério infantil, por exemplo, devem ser focadas naqueles que estão liderando, e não expondo os rostos das crianças.

 Video que é um alerta (plataforma Facebook) - nesse link.



A partir dos cuidados supra, e tendo em vista o tópico [3], convém limitar os canais de comunicação virtual da igreja/agência missionária. Deve-se ter sempre em mente que os sites/blogs/redes sociais representam somente um meio, dentre outros, de aproximar os membros e atrair pessoas para Cristo, e não se deve tornar um fim em si mesmos.

Canais de comunicação virtual sugeridos:

1) Site ou blog
É muito interessante que a igreja/agência missionária tenha um site para divulgar suas atividades principais, informar os diretores dos ministérios e anunciar os próximos eventos. Esse seria seu principal canal de divulgação.
Uma plataforma gratuita que tem sido amplamente utilizada para blogs é o Wordpress.


2) Fanpage no Facebook
Pesquisas indicam que o perfil dos atuais usuários do Facebook é de que tenham em torno de 50 anos de idade (vide matéria). Sendo assim, é conveniente que se tenha uma fanpage para a igreja, a fim de atingir os públicos que se encontram nessa faixa etária. Mesmo os programas voltados para as crianças ou jovens devem ser anunciados nessa plataforma, pois são os adultos que viabilizam, muitas vezes, a participação dos menores de idade nessas atividades.


3) Instagram
Mais usada por jovens e adolescentes (infelizmente por crianças também), essa plataforma pode ser também usada de forma a contemplar duas contas: uma generalista (com os programas gerais da igreja/agência missionária) e outra voltada ao público jovem, com suas atividades específicas.


4) Canal no Youtube
Muitas igrejas têm utilizado esse recurso para divulgação dos cultos. É uma medida arriscada, pois de certa forma os pregadores precisam ser cautelosos quanto aos termos e assuntos tratados, a fim de se evitar dissabores nas interações com os internautas. Antes de fazer uso dessa ferramenta, a liderança deve ter reuniões para planejamento do uso do Youtube, podendo inclusive escolher um dos cultos dominicais para esse fim específico de divulgação, o qual pode ser divulgado nas redes sociais acima.
Em relação às agências missionárias, é preciso oração e discernimento se essa ferramenta seria mesmo válida. Vídeos institucionais que busquem apoio financeiro, que sejam em vários idiomas, seriam interessantes. Porém, vídeos mais específicos relatando o cotidiano dos missionários é um assunto que demanda mais ponderação. Alguns dos públicos visados pelos missionários podem se sentirem desconfortáveis ao perceberem que são alvos de interesse evangelístico.
ATENÇÃO! O responsável por fazer o upload dos videos deve priorizar fazê-lo na própria igreja ou agência missionária. Evitar locais públicos, em função da insegurança dos gerenciadores das redes (nunca se sabe se é alguém com boa fé ou um antipatizante do cristianismo), bem como residências pessoais, para que o IP dos computadores não identifique o local de moradia de ninguém (vide o intervalo 36min50s até 37min36s desse video).


5) Grupos de WhatsApp
Cada ministério pode ter seu grupo específico de WhatsApp, preferivelmente no modelo de lista de transmissão, a fim de oportunizar comunicados que não demandem feedback.
Para grupos comuns, que abrem espaço para interações, é fundamental haver uma liderança clara, a qual mediará as eventuais discussões que aconteçam. O responsável da ECV por essa importante tarefa deve ser alguém de perfil espiritual e experiente, e de temperamento fleumático.
Um aspecto relevante para ser considerado pela ECV é se os grupos interativos serão exclusivos de membros, ou se congregados também poderão participar, no caso das igrejas.


MUITO IMPORTANTE: Cada igreja ou agência missionária deve avaliar o fator "tempo" no uso dessas redes sociais. Para as quatro primeiras é preciso que alguém se responsabilize pelos eventuais feedbacks que os internautas darão, inclusive apagando, quando for o caso, as manifestações grosseiras e/ou de baixo calão. Casos graves devem, inclusive, ser reportados à toda ECV, bem como às lideranças principais da igreja/agência missionária.


Esse conteúdo foi inspirada na postagem "Social Media for Missionaries" (nesse link) e também na experiência da autora.

Imagem: Econsultancy.com

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