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O mundo está chocado com as notícias do acidente aéreo nos Alpes franceses. Ao que tudo indica, o jovem copiloto Andreas Lubitz, 27 anos, teria deliberadamente provocado a queda da aeronave, matando 150 pessoas. Aproveitando-se de uma breve saída do capitão, Andreas teria acionado os mecanismos que fazem o avião perder altitude. Pelo que se sabe, o piloto tentou usar abrir a porta usando até um machado, que é parte do equipamento de segurança do A320. Infelizmente a tentativa falhou e desastre não pode ser impedido.

Em busca das causas para a decisão do copiloto, a hipótese mais plausível sugere que o rapaz, há alguns anos lutando com uma depressão profunda, deve ter levado a efeito seu plano suicida movido pelo desespero que lhe sufocava.

Quando a depressão domina nossa alma as trevas da desesperança e apatia passa a nos consumir. Fundamentalmente, a depressão, independente da causa, está ligada à incapacidade de vislumbramos uma saída para nosso estado de tristeza. Nessa condição, entramos num espiral descendente, como se estivéssemos em queda livre num buraco negro, uma estrada tenebrosa que não tem volta, nem o menor vislumbre de um pequeno raio de luz.

Enquanto considero no peso do desespero que levou Andreas a provocar tantas mortes, volto meus pensamentos para o desespero dos discípulos de Cristo, naqueles três dias negros que se passaram entre a morte e ressurreição do SENHOR. Poucos dias antes, Pedro afirmara: “Eis que nós tudo deixamos e te seguimos.” (Marcos 10.28). E era verdade. O discipulado de Cristo tinha exigido tudo deles. Mas agora a cruz parecia um obstáculo intransponível. Todas as ondas de esperança tinham se despedaçado na praia do calvário. Não havia para onde ir, nem o que pensar. Foi bom enquanto durou, mas agora tudo parecia como se tivessem vivido um sonho lindo, mas nada, além disso. O sonho acabara e eles despertaram para uma realidade cinzenta e sem perspectiva. Assim continuaram naquele triste final de semana, até que no primeiro dia da semana, logo cedo, receberam a incrível notícia trazido por Maria Madalena: “Vi o Senhor” (Jo. 20.18).

Paulo fala sobre o poder da ressurreição e o relato dos Evangelhos e de Atos mostra o impacto desse fato na vida dos discípulos. Tudo confirma quão incrível poder teve a ressurreição de Cristo na vida dos seus discípulos. A partir do momento em que viram o sepulcro aberto e os lençóis vazios, os discípulos nunca mais foram os mesmos. A vida continuava difícil, a rejeição e o desprezo permaneciam, escárnio, zombaria, prisão e morte passaram a fazer parte da sua rotina, mas aqueles homens se tornaram invencíveis por causa da certeza trazida pela ressurreição. Imediatamente eles começaram a compreender as Escrituras, e reconheceram que a antiga promessa do Redentor havia realmente se cumprido. Deus provara Sua fidelidade, confirmando a Palavra falada pelos profetas desde Moisés até João Batista. Era tudo verdade. Deus estava presente conduzindo a história e havia feito chegar a “plenitude dos tempos”. Como saber? Maria Madalena diria: “Vi o SENHOR”. Imediatamente as trevas do desespero foram para sempre banidas das suas almas. Eles agora sabem que a morte e o mal receberam um golpe fatal. Jesus ressuscitou, a vida tem outro sentido! Ele é tudo que disse ser. Ele é o Filho do Homem. Ele é o SENHOR.

Salomão diz que “a esperança que se adia faz adoecer o coração”, e não podem só como negar esse fato. Mas isso não é tudo, pois o verso continua dizendo: “ mas o desejo cumprido é árvore de vida” (Provérbios 13.12). Ao que tudo indica, o acidente aéreo do último 24 de março é mais uma prova do poder destrutivo do desespero que fez adoecer um coração. Submergindo num oceano de trevas, Andreas, como tantos outros, decidiu se lançar nos braços da morte. Em outras palavras, a falta de esperança matou 150 pessoas.

Distantes da Fonte Viva de Esperança os homens lutam até certo ponto, mas terminam cansados. Olham a sua volta e não conseguem ver nada além daquilo que causa desespero. Acham que o mal venceu, pois desconhecem Aquele que venceu a morte.

Não sabemos o tipo de angústia que afligia a alma de Andreas, mas certamente a história teria sido diferente se ele pudesse ouvir a voz do SENHOR Jesus afirmando: “Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: Conheço a tua tribulação… Não temas as coisas que tens de sofrer” (Apocalipse 2.9-10).


Não existe dor que o SENHOR não conheça, não existe mal que Ele não vença!
Jesus está vivo! Nossa Esperança é Real!


A serviço do Mestre,
Pr. Jenuan Lira

***

Jenuan Lira é Pastor na Igreja Bíblica Batista do Planalto, em Fortaleza/CE.
Imagem: Site do Correio do Povo
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