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"Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam iniqüidade..." Salmo 53:1a


Saramago morreu. Saramago está morto. Havia a morte no meio do caminho. No meio do caminho havia a morte. Por ele os sinos dobram: morreu... morreu... morreu!

Por mais incrível que possa parecer, o homem que não precisava de Deus e se dizia vivo graças ao seu coração forte não resistiu. Semana passada encerrou a etapa terrena da sua existência, morrendo com seu coração forte, sua utopia, seu Nobel, suas convicções e sua incredulidade. Por isso, não foi um morte qualquer. Tinha um tom de tristeza adicional, pois havia muito para morrer com ele.

Mas, a morte não silencia os homens. Ainda mais quando tais homens fizeram tudo para deixar firmado em papel e tinta o registro da sua breve passagem na terra. Por isso, no serviço fúnebre, pensamento de Saramago manifesta-se audivelmente na voz dos presentes.

A ministra portuguesa da Cultura, Gabriela Canavilhas, ecoou bem a blasfêmia que foi sempre uma marca de José Saramago, um crente fervoroso na inexistência de Deus. “Saramago não tinha fé em Deus. Mas, se Ele existe, Deus teve fé nele”, disse a ministra. É difícil interpretar tamanho disparate. Ainda mais vinda de uma ministra da cultura. Ela trocou a criatura morta pelo Criador vivo, colocando aquele adiante dEste. Desvairadamente, a ministra considera que, na hipótese de Deus existir, dúvida a que Saramago não se permitia, Ele deveria ter fé no homem, cujo corpo morto inerte estava diante dela. Mas, fé em que? Mesmo que num tremendo esforço de imaginação fantasiosa se concebesse Deus tendo fé em algum homem, por que exatamente em Saramago? Antes de morrer, nem os homens confiavam mais nas utopias de Saramago. Há vinte anos a ilusão do comunismo, pelo qual tanto lutou, se despedaçou perante os olhos do mundo. A única lembrança vergonhosa da teoria se encontra em Cuba, ainda cortejada por Saramago, onde escritores que ousam criticar os irmãos Castro, como ele fez em Portugal, terminam fuzilados. Pobre divindade, essa da hipótese da ministra... colocou sua fé em Saramago! Agora estaria desesperada vendo seu deus morto, sem ter realizado o que sonhou.

As sementes da vida frutificam na morte. Saramago viveu atacando Deus, e morreu nessa condição. Que morte triste!

A Palavra de Deus se cumpriu em Saramago, mesmo a contragosto: “O pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec. 12:7). As cinzas de Saramago ficaram em Portugal, mas o espírito partiu para a presença do Justo Juiz, pois “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo” (Hb. 9:27)

É verdade, José Saramago morreu. Saramago está morto. Como todos os homens... Saramago morreu. Morreu? José Saramago? Morreu! E agora, José?

A serviço do Mestre Vivo,
Pr. Jenuan Lira
Pastor da Igreja Bíblica Batista do Planalto ~ Fortaleza/CE
E-mail: jenuan@terra.com.br


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