Provérbios 18:24
Ela foi a primeira pessoa a me cumprimentar e tornar-se minha amiga. Era sincera, franca e muito generosa. Éramos muito parecidas e assim nos tornamos amigas íntimas. Partilhávamos segredos e alegrias, bem como tristezas. Ela se tornou minha companheira de oração. À medida que os dias passavam, nossas famílias também se tornaram próximas. Eu podia contar com ela sempre que precisasse, e ela me procurava quando necessitava de qualquer coisa.
Nossas profissões diferentes nos separavam, mas mantínhamos contato uma com a outra. Depois da aposentadoria, podíamos conversar novamente, mas nenhuma andava bem, de modo que as visitas se tornaram cada vez menos freqüentes.
Num sábado, quando planejei passar o dia com ela, sua irmã telefonou e me contou que Sara estava muito doente e havia sido hospitalizada. Fui ao hospital e, após grande dificuldade, obtive permissão para ir à ala especial a fim de vê-la. Ela estava com câncer e não me havia contado. Foi triste vê-la sofrendo. Estava ligada a tubos e tinha dificuldade para respirar. Não falava; esforçou-se para me dizer algo, mas não conseguiu. Acenava com as mãos e tentava expressar alguma coisa – mas era tarde demais.
Uma semana antes eu a havia visto em sua casa. Estava sentada na cama, cantando. Tão logo me viu, disse: "Eu estava orando, pedindo companhia, e Deus a enviou. Que bom que você veio! Ore por mim, por favor." Ajoelhamo-nos, oramos, e depois disso ela me abraçou e me beijou. Ambas derramamos lágrimas. Naquele sábado, três pessoas oraram por ela.
Quando penso nela, sempre me sinto culpada de não ter estado mais freqüentemente com ela enquanto sofria. Se tão-somente eu a tivesse visitado mais. Se eu tivesse tão-somente uma oportunidade de falar com ela e perguntar-lhe o que queria dizer. Perdi minha melhor amiga. Agora não tenho ninguém a quem chamar para contar minhas preocupações e tristezas. Não tenho ninguém aqui, mas quando leio a Bíblia, encontro Jesus, meu melhor amigo. Posso ir a Ele a qualquer momento e dizer-Lhe o que quero, para desabafar.
Winifred Devaraj
Fonte: E-mail de Lucimar Marreiros - 02/03/2009
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